sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Arduíno Colassanti



Vou abrir a galeria de Icones com o Arduíno.
Ele não é do meu tempo, é de um momento de transição entre os pescadores do Marimbás e o pessoal do Arpoador.
Espero que as pessoas que o conhecem postem suas estórias. vou postar o que ouvi falar.
Italiano, veio pro Brasil aos 11 anos, morar com sua tia, uma famosa cantora lírica que se casou com o Conde Lage, foram morar no Parque Lage.
Começou a frequentar o Arpoador, praia onde iam os gringos, os artistas e os modernos.
Lá ele foi introduzido na caça submarina e ficou fissurado.
Tem uma enorme estória na caça submarina, inclusive em campeonatos mundiais, mas não é esta parte de estória que nos interessa.
Nem a parte em que ele é ator de cinema, faz altos filmes e namora as melhores mulheres da época.
Pelos filmes dá pra ver que ele era o cara mais bonito de sua turma, devia pegar todas.
Arduíno era gozado, quando fazia um filme, ganhava uma grana, engordava e ficava feio.
Quando ficava duro de novo, vivia de pesca, ficava magro e lindo. Ele oscilava.
Foi provávelmente o primeiro fabricante de pranchas do Rio. A estória é que uns caras da caça submarina trouxeram pranchas de balsa da Califórnia, e o Arduíno começou a surfar nelas.
Depois, fez algumas pranchas de isopor na garagem da Ira, em Ipanema.
Sua primeira prancha foi usada pelo Peter Troy, que bateu com a quilha surfando na Macumba, e delaminou todo o fundo.
Ele é símbolo de uma época que eu considero a pré história do surf.

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