terça-feira, 21 de outubro de 2008

Henrich Von der Schulenburg



Espero que esteja escrito certo.
o nome é bem pomposo.
Ou Henrique da Bennet, agora Henrique da Rhyno.

Henrique namorava uma menina que tinha casa perto de mim em Guaratiba.
Ficamos amigos.
Estava sempre lá, em volta de minha oficina.
Ele sempre foi perfeccionista, fissurado, bem prussiano mesmo.
Era um excelente surfista, depois foi morar na California, trabalhou na Gordon& Smith, virou um excelente shaper, voltou pro Brasil e montou a fábrica de espumas Bennet Foam.
As suas espumas são de primeira qualidade, seus plugs de primeira também, trouxe nossa indústria ao primeiro mundo.

Nunca mais foi visto na praia, outro dia o encontrei num campeonato da Prainha, e entendi porque.
Aturar um monte de shapers chatos deve ser dose mesmo.

Ah, Henrique me apresentou á mãe de meu filho, não poderia querer uma mãe melhor, me faz muito grato a ele.

sábado, 18 de outubro de 2008

Bocão


Bocão é um cara entusiasmado, apaixonado pelo surf, que tem vários motivos para ser um ícone desta cultura.
sempre foi fissurado, lembro de um dia em que eu apareci na praia com uma prancha, Bocão era bem garoto, ele viu a prancha e me falou, parece com uma que está na página número tal da Surfer Magazine do mês tal, ano tal. Fui ver e era.
O cara sabia as páginas das Surfers de cor!
Foi o criador do Realce, programa de tv que deu visibilidade ao surf, junto com o Antonio Ricardo.
Depois disto teve vários outros programas, contribuiu para a consolidação do surf na mídia eletrônica, agora tem um canal de esportes radicais, o WOOHOO.

Agora, para mim, sua mais sensacional contribuição foi a invenção da quadriquilha.
A gente precisa aprender a dar valor ao que é criado por aqui.

sábado, 11 de outubro de 2008

hoje foi um dia abençoado!





frase do Wady. Concordo.
O Rosaldo organizou uma homenagem ao Peter Troy, para ser realizada durante o campeonato WQS que se realiza no Arpoador.
A idéia era irmos remando até o pontão, fazer aquele circulo havaiano, etc
Não deu, por motivos técnicos da prova, mas em seu lugar, tivemos uma rodada de encontros e conversas que valeram todo o esforço do Rosaldo.
apareceram por lá o Arduíno, que estava sumido já há algum tempo, Mário Bração, Fernanda Guerra, Wady, eu , Rosaldo, Bocão, Sabbá, Fedoca, Fabio Kerr, Adolfo Gentil, e muitos outros.
Não quero ser exagerado mas durante um bom tempo tinha um monte de repórteres, cinegrafistas e fotógrafos em volta de nós, embevecidos pelas estórias do Arduíno.
Como já disse, não tive contato com ele nos velhos tempos, eu era bem mais jovem, mas sempre o admirei, por sua personalidade única, sua maneira corajosa de viver a vida.
O que era pra ser uma homenagem ao Peter Troy acabou sendo, isto e uma homenagem ao Arduíno.
Foi emocionante ver os repórteres, muito mais jovens, querendo saber tudo da ligação do Arpoador com a bossa nova, com o cinema novo, tudo que efervecia durante os anos 50 e 60.
As repórteres querendo saber das mulheres, era claro o fascínio que ele ainda exerce sobre as meninas, assim que começa a falar com seu jeito calmo e simples.
Eu fiquei como criança, ao lado dele, pra ouvir as estórias.
Até Mário Bração, que é meu guru, ficou menino do seu lado.
Quando me entrevistaram, foi emocionante lembrar que o Penho passou por mim remando na primeira mini model bem ali, no samarangui, onde nós estávamos.
Eu pude ve-lo de novo, como no filme Titanic.
Interessante a passagem do tempo.
eu não peguei as madeirites. Foi a época do Arduíno. Até os longboards.
Quando as pranchas viraram mini, ele parou de surfar.
Foi quando começou a minha época.
Eu não sabia nada sobre o Peter Troy, pouco sobre o Arduíno, antes de começar este blog. Só por isto, ele já vale.
Desculpe Fernanda, se vc não é a primeira surfista mulher, quem é então? Já mudei no blog.
Se pudermos ter outras homenagens como a de hoje, para outros lendas, vai ser o máximo.
Quero poder presenciar.
Para resumir o sentimento do dia, cito o Mário:

Vou embora, chega de homenagens, visívelmente emocionado!