terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Conexão Bahia 1: Familia Moraes



Estou iniciando a postagem dos Icones da Bahia, selecionados pelo Lapo.
Como sempre, estamos abertos á críticas, sugestões, contribuições, etc
Fico feliz pelo Lapo ter começado por esta família, são pessoas que tem enorme importância na cultura surf, inclusive pelo que fizeram no Rio. Ai vai o texto do Lapo:

Sem duvida a familia de seu Gabriel Moraes, Jorge e Almir foram as pessoas mais influentes do inicio do surf na bahia. Foram um marco para a época, ao fazerem pranchas no final da decada de 60, entre 68 e 69 em Amaralina.
Seu Gabriel surfava de vez em quando, já com cabelos brancos, Almir era engenheiro quimico e Jorge a alma da oficina.
Eu ainda pegava de isopor pintado para não assar a barriga, e via seu Gabriel passando num furgão com uns caras enormes, Tourão, Champrão, Ze Estanque , Jorge e Almir, para surfar no Farol da Barra, onde nesta epoca ja surfavam tambem Zé Alberto Catarino, no Rio Vermelho Jorge Rupsell de madeirite com Camara e Roberto Fadul e mais alguns poucos na Barra, na Graça e na Pituba. Eram nossos ídolos, garotos maiores, com pranchas enormes e pesadas.
Alguns deles nos deixavam experimentar o madeirite quando estavam cansados.
Conheci a familia de seu gabriel e passei a ir muito na oficina deles.
Eles não deixavam a gente ver como eram feitas as pranchas, somente Braulinho, que consertava pranchas pra eles tinha acesso à oficina.
Eles também expandiam blocos e rapidamente fizeram a transição dos pranchões para as mini models.
Minha primeira prancha já tinha forma de pranchinha, tinha uns 8 pés e foi comprada em 1970 .
Ràpidamente todos os surfistas da bahia compraram pranchas HATY pois era a única forma de evoluir.
Almir, Jorge e o pessoal da Amaralina tinham fama de big riders pois surfavam os outsides do Otche , Caraca, e Quebra Coco, ondas só surfadas por eles na epoca.
Em 72 eles se mudaram para o Rio para expandir o negocio em sociedade com Zé Alberto Catarino, deixando um grande buraco na Bahia.
No Rio patrocinaram o Bocão, já como JL Surfboards, pela primeira vez uma marca de prancha patrocina um surfista com remuneração.
Jorge morreu queimado enquanto shapeava e com isto a JL terminou, pois ele era a alma e a motivacao da fabricação das pranchas.
Na foto, uma bela homenagem a ele na 1 Brasil Surf em 1975.
A familia de Seu Gabriel Moraes e a Haty serão sempre lembrados com muito carinho , saudosismo e reverência por todos os surfistas daquela epoca.
Fiquem em paz muito axé e aloha!




5 comentários:

Anônimo disse...

ola, tenhu um prancha JL, foi do meu pai na epoca q ele surfou entre 1970 e 75,foi muito bom saber q eh lembrado esta prancha,a primeira vez dessa minha prancha foi com ele 15 anos , na praia do diabo em arraial do cabo, num dia de ressaca.

Unknown disse...

este comentrio foi mandado por mario formigao da foto
Conexão Bahia, esta primeira foto é minha. Gostaria de esclarecer, que não sou da família Moraes, mas seria com muita honra.
Meu nome é Mário Cabral Filho, apelidado de Formigão, fui a casa de Lapo e prestei meu depoimento falando de todos os companheiros que convivi por mais de 30 anos e umas das pessoas que me fez muita falta foi Jorge Moraes, que a Revista Fluir fez a homenagem, abaixo de minha foto.
Um ser humano espetacular, um big rider fantástico junto ao seu irmão Almir Moraes.

Pensei em deixar tudo como Lapo passou mas, achei melhor esclarecer. Uma outra coisa, quando os caras passavam com suas longboards eu não pegava mais de isopor que foi aos 7 anos, eu já pegava de maderite e acompanhava aquela turma sempre que podia.
Demorei para corrigir, porque Lapo gentilmente me fez esta homenagem, e não queria mudar nada, e na verdade não estou mudando, estou acrescentando. Um grande abraço, Aloha"

Anônimo disse...

Minha primeira prancha foi uma JL . Lá se vão 35 anos e o surf esta no meu sangue e estará para sempre. A lembrança da primeira prancha tambem. RIP Jorge Luis. Fábio Farias. SP

Vivianne Moraes disse...

Olá,
Sou neta caçula de Gabriel Moraes e fico muito feliz de encontrar, mesmo tardiamente, um relato tão fiel do meu avô e dos meus tios. Desde pequena ouço essas histórias e é bom saber que a memória de todos ainda está viva na história do surf baiano.
Minha mãe também ficou muito emocionada e manda agradecer a todos.
Abraço

Vivianne Moraes disse...

Olá,
Sou neta caçula de Gabriel Moraes e fico muito feliz de encontrar, mesmo tardiamente, um relato tão fiel do meu avô e dos meus tios. Desde pequena ouço essas histórias e é bom saber que a memória de todos ainda está viva na história do surf baiano.
Minha mãe também ficou muito emocionada e manda agradecer a todos.
Abraço